Margem Equatorial: "Não dá para abaixar a cabeça diante da pressão", diz ministro

Margem Equatorial: "Não dá para abaixar a cabeça diante da pressão", diz ministro

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Waldez Góes, esteve em Mauriti, no Cariri, e defendeu a exploração da Margem Equatorial em entrevista à rádio O POVO CBN

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Waldez Góes, em visita ao Cariri cearense, disse que “não dá para abaixar a cabeça” em relação às manifestações contra a exploração de petróleo, sobretudo na Foz do Rio Amazonas, da Margem Equatorial.

A área vai do litoral do Rio Grande do Norte até o Amapá e, inclusive, já ou por etapas de estudos em Icapuí, a 201,78 km de Fortaleza.

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A declaração do ministro foi dada nesta terça-feira, 27 de maio, em entrevista exclusiva à rádio O POVO CBN Cariri, ao ser questionado pelo jornalista Yago Pontes em relação às críticas de riscos exploratórios que a Margem Equatorial pode gerar e a como conciliar isso ao desenvolvimento econômico.

“Estamos falando é de um direito à soberania que temos de defender. O Brasil tem entregue para o mundo tudo o que é consignado, nas conferências mundiais, de responsabilidade ambiental e diminuição das emissões, mais do que tem entregue. Os países que são consignatários é que têm faltado com seus compromissos, mas não no Brasil”, criticou.

Ele também defendeu a Petrobras, frisando que os brasileiros têm uma das empresas mais responsáveis no mundo em termos de tecnologia, de responsabilidade ambiental e social.

“O Amapá, que tem 72% das suas terras preservadas por lei, tem 95% da nossa cobertura intacta. Então, nós entregamos mais do que nos é exigido em termos de lei. Então, não há nenhum descumprimento de regras ambientais. O que há é o direito de a gente explorar a Margem Equatorial”, pontuou.

Waldez acrescentou ainda que o Governo tem o compromisso integral com a questão ambiental. “Fui governador, criei reserva de 2 milhões e meio de hectares. Temos desmatamento quase zero no Amapá.”

A frase se refere aos dados de 2024, em que o estado não somente liderou, como foi o único estado da Amazônia Legal em preservação florestal no Brasil, com taxa zero de desmatamento, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O dado significa redução ante o acumulado de 3.133,48 km² até 2021, que equivale a 2,83% das áreas florestais da região.

O ministro declarou também que a comunidade internacional é, muitas vezes, pressionada pela grande geopolítica.

“As ONGs, algumas brasileiras e internacionais, às vezes, servindo a outros interesses geopolíticos, querem impor ao Brasil uma condição de voltar a ser importador desse produto. Então, não é justo. Isso pode comprometer a indústria brasileira, pode comprometer o desenvolvimento do Brasil e a soberania do Brasil”, disse.

Mais um ponto defendido por ele é que, disse, em 2033 o País vai estar em profunda decadência do pré-sal.  

“E a gente precisa, logicamente, para fazer toda essa transformação energética, dos investimentos que outras fontes devem continuar contribuindo, como é o caso do gás e petróleo na Margem Equatorial. Dependemos disso, com muita segurança, com muita tranquilidade, porque não aceitamos ninguém fora do Brasil apontar o dedo na cara do Brasil ou dos amazônidas, ou dos amapaenses em relação à questão da falta de responsabilidade ambiental.”

Para o ministro, não dá para ficar ouvindo “desaforo de ambientalista”. “Estou muito tranquilo em relação a isso. Todos nós na comunidade amapaense e devem também o povo nordestino, do Rio Grande do Norte, se juntar com os amazônidas e defender fortemente essa agenda (da Margem Equatorial).”

Para se ter ideia, a expectativa do Ministério de Minas e Energia é de que a exploração dessa nova faixa possa gerar reservas estimadas de pelo menos 30 bilhões de barris de petróleo, segundo a Petrobras, citando dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Além da Foz do Amazonas, há mais quatro bacias neste trecho da costa: Ceará, Rio Grande do Norte, Barreirinhas e Pará-Maranhão.

Ministro Waldez inaugura Estação de Tratamento de Água de Palestina do Cariri

A presença do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional desde segunda-feira, 26, no Cariri, foi para a inauguração da Estação de Tratamento de Água de Palestina, localizada na área rural do município de Mauriti, a 513,04 km da Capital.

A ação integra o roteiro da agenda Caminho das Águas, que percorre a trilha da do Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf) em Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.

A expectativa é que o sistema de abastecimento de Mauriti beneficie cerca de 32 mil pessoas, com destaque para a comunidade de Palestina, que recebeu investimentos de R$ 10 milhões, impactando 5 mil habitantes, e para a comunidade de Anauá, com aproximadamente R$ 15 milhões investidos e 4,5 mil pessoas.

São 24 sistemas, e 16 já foram entregues, com investimentos totais de R$ 126,1 milhões — R$ 112,4 milhões do MIDR e R$ 13,3 milhões do Estado.

Veja também: Ministra Marina Silva discute com o senador Marcos Rogério (PL-RO); veja o embate

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