Viola Davis afirma ter se arrependido de atuar em filme ganhador do Oscar

Viola Davis afirma ter se arrependido de atuar em filme ganhador do Oscar

A atriz Viola Davis comentou em entrevista que esperava mais destaque para as empregadas do filme "Histórias Cruzadas", de 2011

A atriz norte-americana Viola Davis afirmou que se arrependeu por ter participado do filme "Histórias Cruzadas" (2011).

O drama com direção de Tate Taylor recebeu quatro indicações ao Oscar e rendeu o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante para Octavia Spencer.

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Em entrevista ao New York Times, Viola alegou que sentia que as vozes das empregadas da história não foram ouvidas como ela gostaria.

“Uma pergunta melhor seria: eu já fiz papéis dos quais me arrependi? Sim, e 'Histórias Cruzadas' está nessa lista”, destacou.

Viola Davis: filme criado no esgoto do racismo sistêmico

A atriz continua: “Não em termos da experiência ou das pessoas envolvidas, porque todas foram ótimas. As amizades que fiz são amizades que manterei pelo resto de minha vida. Tive uma ótima experiência com essas outras atrizes, que são seres humanos extraordinários. Eu não poderia pedir uma colaboradora melhor do que Tate Taylor”.

Durante a discussão do assunto, a atriz ainda lamentou que as empregadas negras do longa não tiveram o destaque que mereciam.

“Senti que, no final, não era possível ouvir as vozes das empregadas. Conheça a Aibileen. Eu conheço a Minny. Elas são minha avó. Elas são minha mãe”, explica.

 

A atriz completa: “E sei que se você faz um filme cuja premissa principal é: 'Quero saber como é trabalhar para pessoas brancas e criar filhos em 1963', quero saber o que elas pensam sobre isso. Nunca ouvi isso durante o filme".

Em 2020, Davis já tinha comentado seu arrependimento com o filme. Ela alegou que: “O filme foi criado no filtro e no esgoto do racismo sistêmico e concentrou-se na ideia do que significa ser negro, mas foi direcionado ao público branco”.

Para a Vanity Fair, a atriz ainda comentou que não há ninguém que não goste de "Histórias Cruzadas", mas ela sente que o filme não foi capaz de abranger a história completa.

“Mas há uma parte de mim que sente que traí a mim mesma e ao meu povo porque estava em um filme que não estava pronto para contar toda a verdade. Ela reconheceu que aceitou o papel porque esperava que ele pudesse alavancar sua carreira”, explica.

"Histórias Cruzadas" foi considerado um dos melhores longas de 2011 e foi indicado ao Oscar na categoria de Melhor Filme.

A produção é uma adaptação do romance homônimo de Kathryn Stockett. Ambientado em 1963, durante o movimento pelos direitos civis em Jackson, Mississippi.

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