Popucom é mistura feliz de ação, quebra-cabeça e plataforma 3D
Com visual vibrante e jogabilidade cooperativa criativa, game Popucom é exemplo de inovação, charme e carisma.
“Popucom” é um daqueles jogos que chama atenção imediatamente por seu visual vibrante e pela proposta cooperativa ível. Ele se apresenta como um quebra-cabeça colorido, com a aparência de “Splatoon”, a lógica de “Candy Crush” e o espírito colaborativo de “Split Fiction”. Desenvolvido pela asiática Hypergryph, o jogo exige cooperação completa: não há modo solo nem sistema online para jogar com outras pessoas. É necessário ter alguém conhecido disposto a se juntar à aventura no mesmo sofá. A falta de um modo single player pode frustrar quem procura uma experiência individual, mas essa limitação também reforça a ideia de conexão e parceria, que está no coração da experiência.
A narrativa é delicada, presente em pequenos detalhes do hub central e no design das fases. Não há diálogos extensos nem cenas complexas. A construção do mundo lembra bastante “Splatoon”, jogo exclusivo da Nintendo, onde as pistas sobre o universo são sutis e distribuídas ao longo da experiência. Os personagens podem ser personalizados, e a presença de figuras como o professor Yokie traz um charme especial, embora o objetivo principal não seja contar uma grande história, mas sim aproveitar uma jornada divertida com outra pessoa.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
A jogabilidade é simples, mas cheia de nuances criativas. Os controles são fáceis de aprender, especialmente no controle, que oferece um manuseio mais confortável do que teclado e mouse. Um dos destaques é o círculo brilhante sob os personagens ao pular, que ajuda a entender com precisão onde o salto vai aterrissar — uma ajuda preciosa em fases mais complexas de plataforma. Jogadores menos experientes também encontram e nas configurações de ibilidade. Isso torna o jogo acolhedor para públicos de todas as idades e habilidades.
O visual é um espetáculo à parte. As cores saturadas e os personagens carismáticos lembram a era de ouro do Nintendo Wii, com mapas que parecem brinquedos interativos. As fases são criadas de maneira quase artesanal, introduzindo uma nova mecânica a cada etapa, sempre com ideias inusitadas — como voar em um pinguim ou virar uma bomba ambulante. Há momentos em que o cenário mais parece um parque temático em miniatura. Tudo é muito claro, legível e fluido.
A trilha sonora é energética e combina com o ritmo leve do jogo. Cada mundo tem sua própria identidade musical, e os efeitos sonoros — desde os disparos coloridos até o som dos inimigos — reforçam o clima lúdico da experiência. Embora não chegue a ser memorável, a música nunca atrapalha, e ajuda a manter o jogador engajado.
Onde mais “Popucom” se destaca é em sua rejogabilidade. Mesmo depois de terminar a campanha, é divertido voltar às fases para conseguir todos os adesivos e experimentar diferentes maneiras de resolver os puzzles. O jogo tem uma duração ideal para entreter por semanas, sem se tornar cansativo. A experiência de encontrar novas soluções para os desafios junto com um amigo incentiva a jogar novamente.
Os maiores incômodos são pontuais. A falta de um botão de corrida pode deixar a movimentação um pouco arrastada em momentos de ação mais intensa. E a limitação ao jogo entre amigos torna a entrada mais difícil para quem não tem sempre alguém disponível para jogar. No entanto, esses detalhes não comprometem a excelência geral do projeto.
Davi Rocha é integrante do canal de Youtube Bacontástico
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente