Dia das Mães: artista cearense resgata memória da mãe através da música

Dia das Mães: artista cearense resgata memória da mãe através da música

Aos 24 anos, após perder a mãe e a avó, Felipe Brum estreia nova música no Dia das Mães, provando que a arte pode ressignificar o luto

Aos 24 anos, em um período de menos de um ano, Felipe Brum perdeu duas bases que fortificavam sua vida: sua mãe, Ana, e sua avó, Anita.

Fruto desse processo de luto, o cantor de 24 anos lança neste domingo, 11, o single “A maior dor do mundo”, acompanhado de um clipe audiovisual no YouTube.

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Natural da comunidade Nova Canudos, localizada no território do Bom Jardim, Felipe teve seu primeiro contato com a música ainda na infância, por meio das visitas à igreja que frequentava.

Posteriormente, aos 20 anos, redescobriu essa paixão antiga por meio de participações em shows de amigos músicos e apresentações em botecos.

Imerso no universo musical, contudo, ele largou boa parte de suas atividades quando, em junho de 2023, sua mãe sofreu um AVC isquêmico.

Entre trocas de hospitais, idas e vindas de internações, e lutas de Felipe por uma vaga na saúde pública, Ana não resistiu e faleceu em setembro de 2023.

“A partir daquele dia, tudo mudou e começou um novo processo em minha vida: o luto e a dor da perda contínua. Tive que pausar muita coisa da minha carreira, pois não conseguia seguir”, conta.

Enquanto buscava um chão para se reerguer, menos de um ano depois, Felipe se deparou com a ocorrência do AVC de sua avó, Anita, que já lidava com o Alzheimer havia anos.

Devido ao Alzheimer em estado avançado, Anita não tinha consciência da partida de sua nora, Ana, alguns meses antes, que havia pedido a Felipe que contasse à avó. Três dias antes de Anita falecer, Felipe gravou um vídeo contando para a avó sobre sua nora, atingindo grande repercussão nas redes.

“A dor é devastadora. No início, eu queria sumir. Mas, em terapia, descobri que estava em um processo de autodestruição, acabando com o Felipe que conhecia”, relata.

Artista cearense resgata a memória da mãe através da música

Com o tempo, Felipe encontrou na música uma forma não só de liberar seus sentimentos, mas de proporcionar aos seus ouvintes algum tipo de conforto em relação ao luto.

“Foi quando decidi que, ao invés de me devastar, iria cantar minha dor. Algum dia, todos vamos perder nossa mãe, mas antes, espero que, por meio da música, eu possa lembrar as pessoas de que o amor deve ser a base dessa relação”, defende.

Além da música, Felipe Brum atua na promoção social do Bom Jardim

Hoje, além do trabalho musical, Felipe é formado em liderança social pela Falcons University, braço educacional da Gerando Falcões, ONG que atua na capacitação de líderes comunitários nas periferias do Brasil.

Ainda na frente social, Felipe integra o Centro de Cidadania e Valorização Humana (CCVH), instituição sem fins lucrativos que atua no território do Programa Ceará Pacífico – Bom Jardim, por meio de atividades e ações de formação, produção e difusão das artes integradas.

Ao ser questionado sobre planos futuros na música, Felipe afirma: “Até agosto, pretendo colocar no mundo o álbum 'Dona Ana', uma homenagem de cinco faixas dedicadas à minha mãe”.

Na esfera social, ele também pretende retomar o Cine Pivete, projeto itinerante criado por ele, que visa levar entretenimento através do cinema para crianças da periferia que nunca puderam adentrar as salas convencionais.

Lançamento do single “A maior dor do mundo”

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