Roberto Cláudio se encontra com Bolsonaro após anunciar desfiliação do PDT

Roberto Cláudio se encontra com Bolsonaro após anunciar desfiliação do PDT

O momento serviu para o ex-presidente conhecer o agora ex-pedetista, provável candidato da oposição ao Governo do Ceará

Na mesma tarde em que anunciou a desfiliação do PDT, o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, foi recebido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que desembarcou na Capital nesta quinta-feira, 29.

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O encontro ocorreu por volta de 17h30min, no hotel Gran Marquise. Também estavam presentes o senador Rogério Marinho, secretário-geral do PL nacional, o deputado estadual Carmelo Neto, presidente do PL Ceará, e o deputado federal André Fernandes, presidente do PL Fortaleza.

O momento serviu para Bolsonaro conhecer o agora ex-pedetista. Roberto Cláudio era prefeito em 2019 e 2020, metade do mandato do ex-presidente, mas não participou de nenhum evento durante visitas ao Estado quando Bolsonaro estava no poder.

"O encontro foi excepcional, conversamos por cerca de uma hora no hotel do presidente", disse Carmelo Neto, que preside o PL Ceará.

Bolsonaro (PL) desembarcou em Fortaleza por volta 11h40min desta quinta-feira, 29. Ocasião em que foi recepcionado por aliados, que lotaram a saguão do Aeroporto Pinto Martins e referenciaram-no como "mito". No mesmo voo que o trouxe, estava o deputado federal Mauro Filho (PDT).

Bolsonaro está na capital cearense para participar como palestrante do 2º Seminário Nacional de Comunicação do Partido Liberal, que ocorre no Centro de Eventos do Ceará, nesta sexta-feira, 30.

A comitiva do ex-mandatário seguiu ao um almoço no restaurante Nativas Grill, no bairro Meireles. À tarde, o ex-presidente teve encontros políticos. Reuniu-se com parlamentares do PL no Ceará e encontrou Roberto Cláudio.

Durante à noite, Bolsonaro jantou com aliados em outro restaurante no bairro Meireles. Ele comentou o encontro com RC. "Conversei com ele, conversei", disse ao ser questionado.

Em seguida, afirmou que decisões sobre alianças serão tomadas pelos dirigentes locais do PL no Ceará. "Quem vai decidir é o pessoal daqui". Diante da insistência em detalhes do encontro, ele repetiu: "É o pessoal daqui que vai decidir".

Indagado sobre ter conversado com RC, André Fernandes, dirigente do partido em Fortaleza, respondeu: "A gente tem conversado bastante e espero que a gente consiga unir aí essa oposição para gente vencer o governo, o Senado e fazer a maior bancada aqui no Estado do Ceará".

Quando perguntado se haveria possibilidade do ex-prefeito se filiar ao PL, André disse: "Eu não posso falar ainda mais sobre isso, tá?", finalizou. O PDT do qual Roberto Cláudio pediu desfiliação foi o partido que moveu ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tornou Bolsonaro inelegível.

A tendência é de o ex-pedetista migrar ao União Brasil e levar consigo pelo menos dois deputados estaduais. O partido é comandado no Ceará por Capitão Wagner (União Brasil). No jantar com Bolsonaro, parlamentares da oposição marcaram presença, como os vereadores PP Cell (PDT), Jorge Pinheiro (PSDB), Pedro Matos (Avante), Soldado Noélio (União Brasil), o deputado estadual Antônio Henrique (PDT) e o senador Eduardo Girão (Novo), além de Kamila Cardoso (União Brasil).

Também participaram do jantar os dois filhos mais velhos de Bolsonaro. O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL), alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), fez uma chamada de vídeo com o pai. Já o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL), estava in loco e comentou sobre o encontro do pai com RC.

"Em política, quando você amadurece tem que conversar com as pessoas e você tem um inimigo que é muito mais forte do que, às vezes, a gente considera. Conversar é a arte de fazer política. Então, o que sair dali pode ser coisa boa para o Estado, que o livre de uma coisa muito pior", iniciou.

E seguiu: "Mais detalhes, não sei, mas há sempre a necessidade de conversar para somar, porque a gente chegou num ponto já que não adianta ficar batendo o pé e querendo caminhar sozinhos. Tem de conversar com outros políticos, porque com essa soma de todos a gente consegue chegar em objetivos maiores que a gente tem, com o poderio que a gente tem.

Já sobre Ciro, Carlos respondeu: "Não sei. Não sou ninguém. Eu sou vereador do Rio de Janeiro. Não sou o Bolsonaro, que é insubstituível. Ele é que determina". 

Colaborou a repórter Thays Maria Salles

Atualizada às 23h45min

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