Bolsonaro pode ter bens bloqueados por sustentar Eduardo, alvo de inquérito no STF
Eduardo é acusado de, supostamente, praticar campanha de intimidação e perseguição contra integrantes da Suprema Corte, da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Polícia Federal (PF)
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ter contas e bens bloqueados após afirmar que sustenta o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL), seu filho, nos Estados Unidos. Ocorre que o parlamentar é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF).
Eduardo é acusado de, supostamente, praticar campanha de intimidação e perseguição contra integrantes da Suprema Corte, da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Polícia Federal (PF).
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A possibilidade dos bloqueios está sendo discutida por ministros da Corte, como trouxe a coluna da jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo. O financiamento das despesas de Eduardo nos EUA por Bolsonaro o associa às ações do parlamentar, denunciado no STF.
A denúncia da PGR contra o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro foi aceita pelo ministro Alexandre de Moraes e o mesmo será o relator do caso por prevenção, um critério utilizado quando é atribuído aos ministros que já estão à frente de processos relacionados às ações em que eles estão atuando.
Eduardo rebateu, via X (antigo Twitter), a decisão. Segundo ele, a ação é uma “medida injusta e desesperada”. Já na rede social de Donald Trump, a Truth Social, o parlamentar chegou a compartilhar que está sofrendo “perseguição judicial”.
Seu pai, Bolsonaro, já itiu que está bancando as despesas de Eduardo nos EUA enquanto o deputado licenciado está fazendo um trabalho de “interlocução com autoridades do exterior”.
O ex-presidente chegou a citar também que se não fosse a campanha de PIX realizada para arrecadar fundos para a manter Eduardo no país norte-americano, ele não teria como bancar, visto que o parlamentar está sem o salário.
As articulações de Eduardo ocorrem após Bolsonaro se tornar réu no Supremo Tribunal Federal por suposta participação em trama golpista planejada no decorrer das eleições de 2022. Para a investigação, além do parlamentar, a PGR pediu para ouvir o ex-presidente Jair Bolsonaro por considerá-lo "diretamente beneficiado".
Campanha do Pix
A campanha do Pix a qual Bolsonaro se refere foi encabeçada pelo ex-ministro do Turismo e Cultura, Gilson Machado Neto (PL). Segundo o político, o ex-presidente já teria gastado metade do montante arrecadado com uma outra “vaquinha”, que recebeu cerca de R$ 17 milhões em doações.
“Eu quero dizer que o presidente recebeu na outra campanha R$ 17 milhões , mas já gastou em um ano, R$ 8 milhões, já começou a desidratar, é por isso a nossa preocupação, a gente vai deixar o presidente desidratar">