Ciro diz não ter mais mágoa de Cid, mas vê irmão como "cúmplice da tragédia no Ceará"
Os irmãos Ferreira Gomes estão rompidos politicamente desde 2022 e estão em lados opostos na política cearense
O ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) afirmou que não possui mais nenhuma mágoa do seu irmão Cid Gomes (PSB). Apesar de superado o sentimento, o pedetista, porém, declarou que o senador é "cúmplice" da tragédia que está acontecendo no Ceará pela atual gestão do PT.
"No pessoal eu não tenho mais nenhuma mágoa (do Cid). Deus tirou das minhas costas a dor lancinante de uma facada nas minhas costas, entretanto eu vejo fria e geladamente, como uma pessoa preocupada com o que tá acontecendo no Ceará, o senador Cid como conivente, como cúmplice dessa tragédia que tá acontecendo no Estado", afirmou nesta terça-feira, 6, em coletiva na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).
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Veja a fala de Ciro sobre Cid:
Os irmão estão rompidos politicamente desde 2022, quando houve um racha interno no PDT. Na ocasião, Ciro apoiou Roberto Cláudio (PDT) ao Governo do Ceará, o PT de Camilo Santana decidiu lançar Elmano de Freitas (PT) como candidato, terminando vitorioso. Cid não demonstrou apoio a nenhum dos postulantes e faz parte da base governista atual.
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Ciro esteve reunido com a bancada de oposição do parlamento cearense, incluindo deputados bolsonaristas, como o pré-candidato do Bolsonaro ao Senado, Alcides Fernandes (PL), quem o pedetista disse que irá votar em 2026.
Na ocasião ele voltou a criticar duramente o atual Governo do Ceará e destacou que a oposição se uniu para "salvar o Ceará", apontando "problemas graves".
"A questão da piora da economia no Ceará é muito grave. Ela acontece de forma gradual, lenta, mas está acontecendo. A outra grande questão é a degradação geral dos serviços públicos. Nós viramos um lugar em que a pistolagem acabou de matar um advogado, meu amigo, outro foi fuzilado mas, felizmente, não morreu. Mulheres estão sendo assassinadas dentro de ônibus e não há uma única inovação, como exemplo da degradação geral dos serviços públicos no Ceará", afirmou.