Calor extremo: área da Terra inabitável para humanos pode triplicar

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No cenário mais catastrófico, a exposição ao ar livre já levaria a insolação letal; entenda
Autor Bianca Nogueira
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O calor extremo ameaça a vida humana, e uma equipe de pesquisadores da King's College London, no Reino Unido, revelou que o aquecimento global desenfreado tornará partes do planeta quentes demais para o corpo humano ar.

Em artigo publicado na revista Nature Reviews Earth and Environment, os especialistas indicam que se a temperatura do planeta chegar a 2°C acima da média pré-industrial, o calor seria tão intenso que não seria seguro nem para as pessoas mais jovens e saudáveis.

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Conforme os pesquisadores, se o aquecimento da Terra causado pelas ações humanas manter a aceleração atual, as áreas inabitáveis da terra triplicarão. O efeito pode afetar até 6% do território nas próximas décadas.

Assim, as áreas da Terra inabitáveis para os humanos superariam os 8,5 milhões de quilômetros quadrados, tamanho superior ao território do Brasil.

Nessas condições, os cientistas também alertam que a área de terra onde os maiores de 60 anos estarão em risco aumentará para cerca de 35%.

Por “níveis pré-industriais”, devem ser entendidos valores registrados no período entre 1850 e 1900, quando a indústria não era capaz de produzir gases de efeito estufa em larga escala.

Calor extremo: impactos do aumento desenfreado da temperatura global 6y1c1k

No ano ado, pela primeira vez, a temperatura média global superou em 1,5°C a média pré-industrial, e, com as taxas atuais de aquecimento, a marca de 2°C pode ser alcançada até meados ou finais deste século.

“Nossas descobertas mostram as consequências potencialmente mortais se o aquecimento global atingir 2°C. Limites de calor ináveis, que até agora foram excedidos apenas brevemente para adultos mais velhos nas regiões mais quentes da Terra, provavelmente surgirão até mesmo para adultos mais jovens", comenta Tom Matthews, autor principal da pesquisa e professor sênior de Geografia Ambiental no King's College London.  

O professor explica ainda que em tais condições, a exposição prolongada ao ar livre, mesmo para aqueles na sombra e bem hidratados seria suficiente para causar insolação letal. Isso representa uma mudança radical no risco de mortalidade por calor. 

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