Defensoria Pública promove ações contra racismo institucional
Promevendo uma cultura organizacional antirracista, a Defensoria pretende concientizar todos os seus colaboradores sobre pautas raciais e melhorar a qualidade dos serviços prestados
Com o intuito de promover uma cultura organizacional antirracista, a Defensoria Pública do Ceará realizou, na última sexta-feira, 16, ações educativas com todos os seus colaboradores. O evento contou com a apresentação da cartilha “E eu, sou o quê">Não basta não ser racista, é preciso ser antirracista
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Logo no início da programação, Bruno apresentou a cartilha de sua autoria, utilizando exemplos práticos para desmistificar situações de racismo e contribuir para a melhoria do atendimento na instituição. O material é um guia introdutório sobre identidade racial, e tem como objetivo nortear reflexões e debates sobre o tema dentro da Defensoria.
“Quando eu tenho condições de reconhecer a minha raça e a raça das outras pessoas, eu tenho menos chances de cometer uma violência do ponto de vista racial”, afirmou Bruno.
LEIA TAMBÉM | Cor da pele é o principal fator de discriminação no Brasil
A cartilha faz parte de uma série de ações educativas em desenvolvimento, que visam conscientizar e capacitar todos os colaboradores da instituição sobre questões raciais. A proposta é garantir um atendimento cada vez mais qualificado ao público da Defensoria, que, segundo Bruno, é majoritariamente negro e periférico, especialmente mulheres negras.
“Não adianta ter apenas o defensor ou a defensora capacitados, muito bem letrados racialmente, se a pessoa que está na recepção não faz ideia do que é uma demanda racial”, ressaltou o pesquisador.
Encerrando a programação, a palestra “Reflexões sobre o racismo institucional e as ações antirracistas”, ministrada pela secretária Zelma Madeira, abordou a importância de práticas de inclusão racial dentro das instituições públicas.
“Nós, pessoas negras, queremos estar nesses espaços — como defensores, procuradores, promotores, professores e médicos. Essas ações não são por pena, mas para garantir oportunidades a grupos que historicamente foram excluídos”, destacou Zelma.
O conteúdo da cartilha pode ser ado gratuitamente no site da instituição