Taxa de desemprego sobe para 8% no Ceará, segundo IBGE
Já o nível de ocupação caiu nos três meses deste ano, saindo de 48,5% para 46,7%. A população ocupada era de 3,57 milhões no Ceará no período da pesquisa
A taxa de desemprego do Ceará subiu para 8% no período de janeiro a março de 2025 ante o quarto trimestre de 2024, quando registrou o menor percentual da série histórica desde 2012, com 6,5%.
O número é acima do apresentado nacionalmente, de 7%. No entanto, na comparação com o igual período do ano ado (8,6%), a taxa é menor. Ao todo, 350 mil pessoas estão desocupadas no Estado.
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As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) trimestral, divulgada nesta sexta-feira, 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para William Kratochwill, analista da pesquisa, o mercado de trabalho brasileiro, mesmo com essa alta, mostrou que está resiliente. “Esse aumento no primeiro trimestre é sazonal, devido ao fim dos contratos temporários para o fim de ano.”
Já o nível de ocupação caiu nos três meses deste ano, saindo de 48,5% para 46,7%. A população ocupada era de 3,57 milhões no Ceará no período da pesquisa. No trimestre anterior, o número foi de 3,69 milhões.
Trabalhadores com carteira assinada ganham mais que o dobro dos informais
O rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, foi de R$ 2.260 no primeiro trimestre de 2025 no Ceará.
Levando em consideração apenas a fonte de renda como a ocupação principal, o valor chega a R$ 2.197. Neste caso, os profissionais com carteira assinada ganham mais que o dobro dos informais.
Por exemplo, um trabalhador doméstico com carteira assinada ganha R$ 1.555 contra os R$ 732 mensais ganhos pelos não registrados.
Para o servidor público, a diferença fica entre R$ 4.192 e R$ 2.288, respectivamente. Por fim, no setor privado, o indivíduo formal recebe R$ 2.137, enquanto os não regulamentados R$ 1.473.
Confira a média salarial por tipo de trabalho no Ceará
- Empregador: R$ 6.264
- Setor público (militar e funcionário público estatutário): R$ 5.423
- Setor público: R$ 4.301
- Setor privado, excluindo trabalhador doméstico: R$ 1.851
- Conta própria: R$ 1.566
- Trabalhador doméstico: R$ 824
Veja os setores mais bem pagos do Estado
- istração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais: R$ 3.776
- Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e istrativas: R$ 3.303
- Transporte, armazenagem e correio: R$ 2.304
- Outros serviços: R$ 1.999
- Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas: R$ 1.975
- Indústria geral: R$ 1.814
- Indústria de transformação: R$ 1.644
- Alojamento e alimentação: R$ 1.562
- Construção: R$ 1.545
- Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: R$ 864
- Serviços domésticos: R$ 824
Cenário nacional
A taxa de desocupação do Brasil no primeiro trimestre de 2025 chegou a 7%. Comparada ao 4º trimestre de 2024, essa taxa cresceu em 12 das 27 Unidades da Federação e ficou estável nas outras 15.
Pernambuco (11,6%), Bahia (10,9%) e Piauí (10,2%) mostraram as maiores taxas, enquanto as menores foram de Santa Catarina (3,0%), Rondônia (3,1%) e Mato Grosso (3,5%).
No primeiro trimestre de 2025, o número de desocupados das quatro faixas de tempo de procura por trabalho analisadas pela Pnad contínua recuou frente ao mesmo trimestre de 2024.
Além disso, enquanto a taxa de desocupação da população em idade de trabalhar chegou a 7,0%, esse indicador foi de 5,7% para os homens e 8,7% para as mulheres. Por cor ou raça, essa taxa ficou abaixo da média nacional para os brancos (5,6%) e acima para os pretos (8,4%) e pardos (8,0%).
A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (11,4%) superou as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,9%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,9%).
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