Elmano defende união política contra o crime organizado e endurecimento das leis penais
Governador do Ceará defende endurecimento das penas, mudanças na legislação e atuação conjunta dos poderes contra facções criminosas
O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), afirmou que o crime organizado representa a maior ameaça à sociedade brasileira. Em entrevista ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, exibida na noite desse domingo, 25, Elmano disse que para o enfrentamento a essa realidade exige um pacto entre diferentes correntes políticas.
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“No meu entender, a gente devia ter um acordo com partidos da esquerda, da direita e do centro, porque o nosso principal inimigo é o crime organizado no País”, declarou.
Elmano enfatizou que o tráfico de drogas e as facções criminosas são hoje “o principal inimigo do povo” e que, por isso, é necessário unir esforços para enfrentar o problema.
Endurecimento das leis penais
O governador também defendeu mudanças na legislação penal brasileira, com endurecimento das penas e revisão das regras de progressão de regime.
“Nós que estamos na missão de governar sabemos que é necessário mudar a lei no País. Sou favorável a endurecer as penas e empoderar o COAF para que possamos compartilhar informações, descobrir empresas laranjas e fechar essas organizações que servem ao tráfico de drogas. De empresários, essas pessoas não têm nada”, criticou.
O governador afirmou que a segurança pública não deve ser responsabilidade apenas do Poder Executivo. “É necessário chamar o Judiciário para discutir. Elementos altamente perigosos, que ameaçam comunidades, não podem ser soltos”, afirmou. Segundo ele, o combate efetivo ao crime exige uma atuação conjunta e mais rigorosa das instituições.
Ao abordar as divergências dentro da esquerda sobre segurança pública, ele afirmou que há consciência entre os governadores do PT sobre a necessidade de ajustes. “A esquerda pode ter dificuldade com a pauta da segurança pública, mas não é toda a esquerda. Entre os governadores do PT, sabemos que é necessário mudar a lei de progressão de regime de penas e endurecer as penas. Sou favorável a isso”, destacou o governador.