Operação em SP mira banqueiros cearenses; quase R$ 500 mi são bloqueados

Operação em SP mira banqueiros cearenses; quase R$ 500 mi são bloqueados

Polícia Civil de São Paulo investiga um suposto esquema de fraude e ocultação de bens por parte de uma empresa. Dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos

A Polícia Civil de São Paulo deflagrou na manhã desta quarta-feira, 23, uma operação que mirou um suposto esquema de fraude e ocultação de bens por parte de uma empresa do setor financeiro. Cerca de R$ 500 milhões dos investigados foram bloqueados por ordem judicial.

O caso tramita em segredo de Justiça, mas, conforme o jornal O Estado de S. Paulo, o principal alvo da operação Floresta Devastada é o banqueiro cearense Nelson Nogueira Pinheiro, do Grupo Brickell e da MR Participações.

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Endereços dos irmãos dele, Norberto Nogueira Pinheiro e Jaime Nogueira Pinheiro Filho, também foram alvos da busca e apreensão. Eles são filhos do empresário Francisco Jaime Pinheiro, fundador do Banco Mercantil do Ceará, que morreu em 1976.

Também são alvos da investigação, conforme o Estadão, os executivos Celina Daiub Pirondi Tedesco, Elizabeth Costa Lima, Edson Paulo Fanton, Edsel Okuhara e Eduardo Rosa Pinheiro, este último filho de Nelson.

A Polícia Civil de São Paulo divulgou que 10 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. A corporação ainda informou que a investigação teve início, há dois anos, a partir de comunicação realizada pelo Ministério Público de São Paulo.

Órgão relatou indícios de estelionato por parte de uma instituição financeira

O órgão ministerial relatou indícios de estelionato por parte de uma instituição financeira. “A empresa investigada teria tentado se valer de um pedido judicial fraudulento com o objetivo de proteger um grande volume de bens estimado em centenas de milhões de reais”, afirmou a Polícia.

“A investigação identificou um sofisticado esquema de movimentações patrimoniais, possivelmente voltadas à lavagem de dinheiro, o que incluía o uso de empresas de fachada e de bens mantidos em paraísos fiscais. A instituição também tem ligação com outras entidades envolvidas em escândalos financeiros".

O Estadão, que teve o à decisão judicial, afirma que recursos investidos no FPB Bank, do Grupo Brickell, foram desviados para a empresa Infiniti Investment, sediada em Belize, sem que os investidores fossem informados. Os valores nunca teriam sido devolvidos.

Na ação desta quarta-feira, foram apreendidos documentos, dispositivos eletrônicos, valores em espécie, obras de arte, jóias e veículos de luxo. O arresto de imóveis de alto padrão também foi realizado "para evitar possíveis vendas".

O POVO não obteve contato dos investigados na noite desta quarta-feira.

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