Conselho Federal de Medicina Veterinária critica exclusão de curso da proibição de oferta EaD

Conselho Federal de Medicina Veterinária critica exclusão de curso da proibição de oferta EaD

Com as novas dietrizes do MEC, os cursos de Direito, Medicina, Psicologia, Odontologia e Enfermagem am a ser obrigatoriamente presenciais, mas CFMV critica ausência do curso de veterinária

O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) se manifestou contrário à exclusão do curso de Veterinária da nova regulamentação do Ministério da Educação para os cursos de graduação à distância.

A lista de cursos com proibição da oferta EaD inclui Medicina, Odontologia, Psicologia, Enfermagem e Direito. Determinação é do Ministério da Eduycação (MEC). 

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A decisão foi recebida com surpresa e desapontamento, já que por muito tempo o CFMV realizou tratativas explicando que o curso de Medicina Veterinária também é da área da saúde e deve ser ofertado apenas na modalidade presencial.

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Conforme Ingrid Atayde, médica-veterinária e chefe do Setor de Comissões Técnicas do CFMV, existem Diretrizes Curriculares Nacionais que são claras quanto às habilidades práticas, além de que a teoria e prática são indissociáveis, sendo essencial que o aluno não apenas saiba "como fazer", mas também "saiba fazer".

“Isso só se aprende na prática, com aulas presenciais. Então, é todo um trabalho de esclarecimento que o CFMV vem fazendo ao longo dos anos e que foi simplesmente ignorado quando se permitiu essa semipresencialidade”, disse.

A veterinária disse ainda que a graduação em Medicina Veterinária pede domínio técnico, sensibilidade clínica e, sobretudo, prática real e contínua, e que a profissão atua na prevenção de zoonoses, vigilância sanitária, inspeção de alimentos, defesa agropecuária e promoção da saúde única.

A resolução que permite o modelo semipresencial para a Medicina Veterinária autoriza que até 50% da carga horária seja realizada de forma remota. Isso inclui 30% em atividades remotas diversas e 20% em atividades síncronas à distância.

Ingrid pontua ainda que o Conselho acredita que esse modelo terá um forte impacto na formação por diversos motivos. “As DCNs determinam que, no último ano do curso, o aluno e por um internato e aplicações práticas em todas as áreas, com apenas 10% deste período dedicado a disciplinas teóricas. O modelo semipresencial, ao permitir uma carga remota maior, já não se enquadraria nesta determinação do último ano”, explica.

Além disso, algumas disciplinas que são essencialmente práticas serão afetadas pelo ensino à distância, como é o caso de clínica médica e exame cirúrgico dos animais, reconhecimento e inspeção de produtos de origem animal para consumo humano (como carne, leite, queijos), onde o aluno precisa treinar sob supervisão para identificar se o produto é seguro, e práticas de laboratório.

 


“A preocupação central é que, ao permitir que grande parte dessa carga prática seja remota, o aluno não aprende a fazer efetivamente. Ele pode saber a teoria e entender como o procedimento deve ser realizado, mas não desenvolve a habilidade manual e a experiência de tentar, errar, acertar e ser supervisionado, que são cruciais para que, após formado, ele consiga executar essas tarefas sozinho”, complementa.

A representante finaliza dizendo que o CFMV, em parceria com os outros cursos da área da saúde, solicitou uma audiência com o Ministro da educação para pedir explicações.”Queremos saber qual foi o critério para excluir a medicina veterinária dessa categoria que existe que exige a presencialidade, especialmente porque a medicina veterinária realmente tem em todos esses ofícios. Ela trabalha com a clínica, ela trabalha com epidemiologia e cuidados à vida”.

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