Veja como a alimentação influencia o envelhecimento
Alimentos ultraprocessados prejudicam a saúde e a longevidade
A alimentação desempenha um papel essencial no bem-estar físico e mental, influenciando diretamente a qualidade de vida ao longo do tempo. Dietas pobres em nutrientes e ricas em açúcares, gorduras saturadas e alimentos ultraprocessados podem acelerar processos degenerativos no organismo, contribuindo para o envelhecimento precoce. Por isso, as escolhas feitas à mesa diariamente podem atuar como aliadas da saúde ou favorecer o surgimento de desequilíbrios que comprometem a longevidade.
Um estudo publicado no periódico científico The American Journal of Clinical Nutrition analisou mais de 16 mil pessoas e descobriu algo surpreendente: a cada aumento de 10% no consumo de alimentos ultraprocessados na dieta, a idade biológica dos participantes avançava, em média, quase três meses. Em outras palavras, quanto mais você consome esses alimentos, mais rápido seu corpo envelhece, independentemente da sua idade real.
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“É como se esses produtos estivessem programando seu corpo para se deteriorar antes do tempo. O envelhecimento deixa de ser apenas cronológico e a a ser inflamatório, metabólico, celular”, explica o nutrólogo Dr. Ronan Araujo, referência nacional em saúde integrativa e longevidade.
Ultraprocessados aceleram o envelhecimento
Alimentos ultraprocessados são ricos em açúcares ocultos, gorduras trans, óleos refinados, aditivos químicos e conservantes artificiais, ingredientes que inflamam o organismo silenciosamente, geram estresse oxidativo, danificam o DNA celular e aceleram a degeneração dos tecidos.
Eles também promovem picos glicêmicos constantes, desregulam a insulina, afetam o intestino e sobrecarregam o fígado. Tudo isso cria um ambiente biológico ideal para o envelhecimento precoce. E não é só na estética que isso aparece. “Rugas, flacidez, queda capilar e cansaço são só a ponta do iceberg. Por trás disso, o corpo está inflamado, os hormônios desregulados, as células acelerando seu próprio desgaste”, afirma Dr. Ronan Araujo.
Além disso, a juventude cronológica não protege contra os efeitos biológicos da má alimentação. Você pode ter 28, 32 ou 36 anos, e seu corpo estar operando com os marcadores de envelhecimento de alguém com 45 ou 50. Isso é o que os cientistas chamam de idade biológica, um reflexo direto do seu estilo de vida, alimentação, sono, níveis de estresse e saúde metabólica.
Envelhecimento não é só questão de estética
Quando falamos em envelhecimento precoce, não estamos falando apenas de aparência, mas de qualidade de vida, imunidade, capacidade de regeneração celular, disposição física, memória, fertilidade e prevenção de doenças crônicas.
Estudos já ligam o consumo crônico de ultraprocessados ao aumento do risco de:
- Doença cardiovascular precoce;
- Diabetes tipo 2;
- Depressão e ansiedade;
- Alzheimer;
- Câncer.
Ou seja, não é sobre cortar tudo radicalmente, é sobre entender que o corpo sente tudo o que você coloca no prato — inclusive aquilo que parece pequeno, mas se repete todos os dias.
Como desacelerar esse envelhecimento silencioso
O primeiro o é o mais óbvio e o mais poderoso: reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados. Invista em comida de verdade: frutas, vegetais, proteínas magras, gorduras boas, oleaginosas e grãos integrais.
Outros hábitos fundamentais que retardam o envelhecimento:
- Dormir bem e regularmente;
- Praticar atividade física com constância;
- Corrigir deficiências de vitaminas e minerais;
- Manter os hormônios em equilíbrio;
- Gerenciar o estresse e a inflamação crônica;
- Hidratar-se adequadamente;
- Fazer check-ups funcionais com orientação médica.
“O envelhecimento pode ser inevitável, mas a velocidade com que ele acontece está completamente nas nossas mãos. E tudo começa pela consciência do que comemos”, finaliza o Dr. Ronan Araujo.
Por Roneia Forte